Felicidade
Felicidade


Pregador: Neemias Lima
Talvez a mais intensa busca humana seja para encontrar a felicidade. Não há erro nessa intenção e todos devem lutar por isso. O que pode constituir-se num problema passa por duas vertentes: 1ª – o conceito de felicidade e, 2ª -, os meios para se alcançá-la. Trocando em miúdos: que é felicidade e como ser feliz?
Em seu ministério terreno, no famoso Sermão do Monte, Jesus elencou algumas bem-aventuranças. A palavra usada era “makários”, que pode ser traduzida por feliz. A ideia era de experiência completa, plena, não uma satisfação temporária. No livro “Frutos do Espírito Santo”, o dr. W. Phillip Keller distingue alegria de felicidade. Para ele, felicidade depende do que acontece à nossa volta, é de fora para dentro. Quando tudo se desenrola da maneira como desejamos, somos felizes. Quando não, infelizes. Alegria independe das circunstâncias, é de dentro para fora. Ainda que tudo à volta esteja em desarmonia, experimenta-se alegria.
O cantor romântico-brega Odair José, na década de 70, declarava: “Felicidade não existe, o que existe na vida são momentos felizes”. Na mesma letra, percebe-se o equívoco: “A gente pode ser feliz, viver a vida sem sofrer, é não pensar no que vai ser”. Era o conceito de felicidade como um prazer temporário, no presente, independente das consequências.
O conceito equivocado de felicidade pode desencadear um processo danoso em que, para alcançá-la, não importam os meios. Para muitos, a felicidade é ter, mesmo que não seja o essencial. No caso de falta, a tristeza se instala. Para outros, felicidade é sentir – é a busca pelo prazer. Quando este não é possível, tudo se torna ruim. A percepção distorcida do que é, não se preocupando com os meios utilizados na busca, tem trazido grandes dores. O que era felicidade transforma-se em tristeza, o que era doce torna-se amargo.
Do respeitado Carlos Drummond de Andrade, lê-se: “Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade”. Em Provérbios 13.7, lê-se: “Há quem se faça rico, não tendo coisa alguma e quem se faça pobre, tendo grande riqueza”. Hernandes Dias Lopes destaca duas filosofias de vida apresentadas por Paulo na sua carta aos filipenses: 1ª – Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho –
Filipenses 1.21. 2ª – Porque todos buscam o que é seu, e não o que é de Cristo Jesus – Filipenses 2.21. A felicidade é nos encontrarmos em Deus e nos apresentarmos como auxiliadores do próximo.
Felicidade começa com FÉ. Assim ecoava pelo Brasil e parte do mundo a voz do respeitado Pr. Davi Gomes nos programas da famosa Escola Bíblica do Ar. Um trocadilho com a primeira sílaba da palavra que, embora seja “FÊ”, para os nordestinos, é “FÉLICIDADE”.
Hebreus 11.1 declara que “fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem”. Mesmo não sendo propriamente uma completa definição, sinaliza aspectos interessantes: esperança e certeza do invisível. Mas como ter esperança em meio a temporais e certeza do que não se vê? Com fé. Ou pela fé. A fé não é privilégio de uns. Todos tem fé. É um dom, um presente de Deus. Quem celebra com louvores num templo evangélico no domingo ou quem se desloca a uma esquina e deposita ali alguns alimentos e velas, ambos agem pela fé.
Qual seria a diferença, então? O objeto da fé. Para sua consistência, a fé precisa ser depositada em Jesus.
Quer a felicidade? Foque em Jesus Cristo sua vida. Ele te ensinará como encontrá-la.