Quem você vê?

Eliseu é o profeta que sucedeu Elias. Estava em apuros, pois o rei da Síria decidiu que o prenderia. Um grande exército foi à sua caça e cercaram a cidade de Dotã. Quando o ajudante do profeta viu a cena, gelou de medo e indagou: “Que faremos, meu senhor?”. Eliseu responde: “Fique tranquilo, nosso exército é maior do que o deles, mais são os que estão ao nosso lado do que os que estão o lado deles”. Mas o ajudante nada via. O profeta ora: “Senhor, por favor, abre-lhe os olhos para que veja”. Imediatamente seus olhos foram abertos e ele pode ver a ação protetora de Deus. Tudo é uma questão de visão. Eliseu via, o ajudante, não.

Assim é a vida.

Há quem veja a mão de Deus sempre protetora. Há quem não veja.
Há quem veja a sinceridade do abraço fraterno. Há quem não.
Há quem veja a espontaneidade no sorriso. Há quem não.
Há quem veja o necessitado com a mão estendida. Há quem não.
Há quem veja o pior na vida do semelhante. Há quem veja o melhor.
Há quem veja final da história depois de um fracasso. Há quem veja início de nova caminhada.
Há quem veja esperança no final do túnel. Há quem não.
Há quem veja tristeza na lágrima. Há quem veja alegria.
Há quem veja um cristão apedrejado. Há quem veja os céus abertos.
Há quem queira ver para crer. Mas é preciso crer para ver. Disse o mestre: “Se creres, verás a glória de Deus!”. E mais: “Felizes os que não viram e creram!”.

Não ver não significa que não exista. Por isso, é oportuno: “Senhor, abre os meus olhos para que eu veja!”. E Deus abrirá! E você verá!