Voltar a ser jovem

Sou feliz na idade adulta, caminhando para ser classificado como idoso. Pudesse, queria voltar a ser jovem. Na verdade, queria voltar a ser criança. Mas não posso, é o ciclo da vida.

Ser jovem é correr riscos. O jovem busca o interessante, o adulto, o bom. “Na juventude, somos atraídos por aquilo que é chamado de interessante; na idade madura, pelo que é bom” – Hugo Hofmannsthal.

Ser jovem é desconhecer. Soubesse, saberia que muito não poderia, ou não deveria. “A juventude é presunçosa, a velhice tímida, porque a primeira quer viver e a segunda já viveu” – Jeanne Roland.

Ser jovem é viver o presente. O futuro, a Deus pertence. A pegada é agora. Sem hora. O refrão é “galera, bora”. Há jovens e jovens. Enquanto jovens se alegram aqui no templo e interagem com os adultos, outros estão nos becos das comunidades, nas orlas enfeitadas e pavimentadas, procurando razão para viver em doses cada vez mais intensas de entorpecentes. Estes gritam com as bocas fechadas,
esperando que um jovem o encontre.

Um desregrado jovem aconselhou: “Jovem, alegra-te na tua mocidade, e anima o teu coração nos dias da tua mocidade. Segue pelos caminhos do teu coração e pelo desejo dos teus olhos. Porém, sabe que Deus te trará a juízo por todas essas coisas. Afasta a angústia do teu coração e remove o sofrimento do corpo; porque a mocidade e o vigor da vida são transitórios. Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os dias difíceis e cheguem os anos em que dirás: Não tenho prazer neles” – Eclesiastes 11:9-10; 12:1.

É bom ser jovem. E é bom ser jovem comprometido com valores eternos. Eles não se conflitam. Apenas se ajustam.