Dois pais e dois filhos separados por 2 mil anos

16 dezembro 2018

Pregador: Neemias Lima

Deu na mídia esta semana: era apenas uma recreação numa quadra de futsal de um condomínio fechado. Destaque: um condomínio particular em Brasília, não um condomínio “Minha Casa, Minha Vida” num bairro periférico.

Um menino se machuca, vai para casa chorando e, minutos depois, aparecem o pai e a mãe segurando o outro menino para seu filho desferir um tapa ou soco em seu rosto. Supõe-se que informara agressão de um menino de outra cidade que visitava a tia, o que dá mais força e veracidade a história. Pelas câmeras, vê-se claramente que ele escorregou sozinho na bola e teve sua boca machucada ao tocar no chão.

Há pais que acreditam em tudo o que os filhos dizem. Há pais que só veem defeitos nos filhos dos outros. Há pais que superprotegem os filhos não os preparando para um viver saudável na sociedade. Um pastor dava sempre razão ao filho quando a escola o chamava, comunicando-lhe alguma indisciplina, ou na Igreja surgia algum conflito. O filho cresceu, tornou-se um desobediente à lei, foi preso várias vezes e, até hoje, dá tristezas à família.

Há dois mil anos, um filho foi agredido. Seu próprio pai o segurou, colocou-o num madeiro e autorizou a humanidade a bater-lhe violentamente. Horas antes desse evento, o Filho suplicou: “Pai, passa de mim este cálice!”.

Há pais que seguram o filho dos outros para seu filho bater. O pai eterno segurou o próprio Filho para que batêssemos nele a surra que era nossa.

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