Farinha pouca, meu pirão primeiro
Farinha pouca, meu pirão primeiro


Pregador: Neemias Lima
Bezerra da Silva gravou a música “Meu pirão primeiro”. Duas estrofes registram assim:
Farinha pouca, Meu pirão primeiro.
Este é um velho ditado do tempo do cativeiro
E a Chica assim dizia, na hora de preparar
Pro pirão ficar gostoso, tem que saber temperar
A ideia predominante no provérbio popular é a seguinte: em tempo de escassez, o primeiro a aproveitar sou eu. Em tempos de missões, precisamos aprender com o provérbio:
1º – Realça o egoísmo: Eu em primeiro lugar. Que se danem os outros. Não é atitude cristã.
2º – Desconhece a solidariedade: Pensar em si não é pecado, mas esquecer o outro, é. Ser solidário é antônimo de ser solitário.
3º – Anula a lei da semeadura: Sem qualquer conotação de prosperidade interesseira, o fato é que repartir, mesmo em tempos de escassez, é a mais sábia maneira para se ter mais depois. O sábio afirmou: “Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás” – Eclesiastes 11:1. Quem adota a filosofia do provérbio experimenta a tristeza de ver a farinha acabar antes do tempo estabelecido por Deus. Sem farinha, não há pirão.
4º – Promove o materialismo: A cultura do ter predomina. O ser é esquecido. É bom lembrar que “o que você tem, todo mundo pode ter, mas o que você é, ninguém pode ser” – Prof. Lourenço Stelio Rega.
Para o cristão, missões é pensar no outro, ainda que tenha pouco para mim. Missões é ser solidário para não deixar o próximo solitário. Missões é semear ainda que as sementes sejam o único estoque. Missões é promover o espiritual e anular o material.
Todos os dias somos confrontados a reler este provérbio: farinha pouca, meu pirão será compartilhado com o próximo.