Festivo

Ageu é um profeta. Está alistado entre os profetas menores e pós-exílico – cumpriu seu ministério após a volta do cativeiro. Seu nome significa “festivo”. Mas não é quem goste de festa programada e dependa dessas celebrações para viver feliz. É alguém que faz da vida uma celebração.

Na caminhada aqui, as pessoas celebram a morte ou celebram a vida. Há quem goste e sinta prazer em celebrar a morte. Tudo, por mais colorido que seja, está em preto e branco e, muitas vezes, distorcido.

O cristão não depende de uma festa produzida para se sentir feliz. A vida é uma festa permanente, como aquele cântico: “Canta, meu povo, alegra meu povo, que a festa não vai acabar. Quando findar na terra, no céu vai continuar!”.

A parábola do filho pródigo, que, segundo George Ladd, deveria se chamar “Parábola do Pai Amoroso” revela um filho que celebrava a morte. E, curiosamente, não era o que desobedeceu ao pai, a lei, pegou a herança antes do tempo e foi curtir a vida. Quem celebrava a morte estava dentro de casa, era bem ajustadinho, respeitado pelos homens e cheio de si. Curioso é que o filho que saiu de casa estava morto, reviveu e celebrava a vida. O filho que estava vivo, dentro de casa, estava morto e celebrava a morte.

Interessante é que ao saber que o barulho de danças e música ouvido era motivado pela volta do irmão, disse: “Não vou entrar!”. Já encontrou gente assim? A alegria do outro é uma morte para ela? Atitude assim revela como o ser humano é complexo e esquisito. O pai quer a festa para os dois e insiste que ele entre. O pai eterno quer que você celebre a vida. Então, celebre!

Ao acordar, você decide para aquele dia celebrar a vida ou celebrar a morte. Celebra a morte quem vê problema em tudo. Celebra a vida quem vê em cada problema uma oportunidade de crescimento e porta para abençoar o próximo.

Quem decide o que celebrará é você: Morte ou vida?